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Porquê estas perguntas frequentes?
Comprar uma tela/ecrã tem algumas regras que convém observar. Desde logo cada sala tem as suas características próprias e uma tela excelente para uma sala poderá ser péssima para outra. Quanto melhores características tiver uma tela ou ecrã, mais cuidados a sua instalação necessita. Daí que se tornou necessário elaborar uma secção de perguntas-tipo.
Mas antes de passar-mos para as perguntas propriamente ditas, é importante tecer previamente alguns comentários:
A solução mais simples para montar um cinema em casa, mas também a menos eficaz, será usar uma parede (ou uma tela branca). Quando começa a perceber que a qualidade de imagem não o satisfaz, e dependendo da luminosidade do projector, poderá começar a escurecer a tela e/ou as paredes e tecto, ficando, no extremo, com uma sala a que se costuma chamar "dedicada" que normalmente tem paredes pretas e baças, como no cinema, e uma tela branca ou ligeiramente cinza.
Ter uma sala dedicada com paredes e tecto escuros não está ao alcance de toda a gente, pelo que há soluções melhores, mais simples e mais económicas. É aqui que entra o apoio dos especialistas que podem e devem dar uma ajuda na obtenção de uma solução eficaz.
Há maneiras de reconhecê-los. Se alguém lhe tentar vender uma tela/ecrã sem antes querer saber as características da sua sala, esqueça. É apenas um vendedor a tentar impingir o que tem para vender.
É certo que sem projector não há imagem, mas se compararmos o projector a um automóvel, a tela ou ecrã será a estrada. E todos sabem a diferença entre uma autoestrada e um caminho de terra batida. Para a qualidade do resultado final, ao contrário do que muitos julgam, a tela/ecrã poderá ser mais importante que o projector.
Cada tela/ecrã, especialmente os melhores, têm recomendações próprias dadas pelos fabricantes. Por exemplo, poderá haver distâncias mínimas do projector à tela/ecrã, poderá haver regulações que será necessário fazer e ainda poderão haver muitas outras coisas que, se não forem respeitadas, poderão arruinar grande parte da mais-valia que os bons ecrãs/telas oferecem. Não se compra um bom automóvel para usar na piscina, caso contrário arrisca-se a que até um barquinho de papel tenha melhor desempenho.
Hoje em dia é fácil encontrar muita informação na Internet. Infelizmente as grandes marcas e seus representantes, que normalmente gastam milhões em publicidade, têm meios para manter fóruns, blogs e outros espaços online onde, disfarçados de compradores inocentes, manipulam a opinião dos potenciais clientes. Normalmente são muitos e muito "amigos" e desejosos de "ajudar". Não estaremos muito longe da verdade, se dissermos que certamente mais de 90% das opiniões obtidas da Internet têm por detrás o marketing de uma qualquer marca.
Infelizmente nos restantes 10% ainda existe muita gente a tentar subir à ribalta usando grandes doses de ignorância. Por isso é natural que, quando quer obter informação, qualquer pessoa normal fique baralhada.
Quando iniciámos a nossa actividade, rapidamente nos demos conta de que, se fizéssemos publicidade numa revista, seríamos entrevistados e seríamos os "maiores", caso contrário nem sequer existíamos.
Concluindo: não se guie pelas opiniões dos outros, incluindo a nossa. Sempre que possível veja pelos seus próprios olhos, visite show-rooms, compare, pergunte a amigos (que não os da net) que já tenham a sua sala de cinema caseira, e só depois decida. Quando finalmente encontrar um profissional em quem confie, não hesite em colocar-lhe todas as questões que tiver, pois um profissional bem-intencionado e conhecedor do seu ofício, estará certamente receptivo a apoiar na descoberta da melhor solução para o seu caso.
Foi por isso que incluímos na nossa página esta secção de perguntas frequentes.
O que é preciso para ter um cinema em casa?
A maior parte das pessoas está convencida que basta um bom projector e uma parede branca e fica tudo a funcionar. Resultado: Tem uma imagem grande? Sem dúvida. Melhorou em relação ao televisor que tinha? Provavelmente não.
Costumamos exemplificar usando a imagem de uma pessoa que compra um bom carro e o usa na terra batida. Dependendo do carro (se for por exemplo um jipe) até poderá não se dar mal, acontecendo o mesmo com o projector. No entanto, se adicionarmos uma boa estrada a esse automóvel o resultado é incomparável. Assim, um carro fraquinho numa boa estrada, terá melhor desempenho que qualquer carro de alta performance em terra batida.
Pode haver muito género de sala de cinema, mas para um bom cinema caseiro é fundamental haver uma sala dimensionada para isso, com um bom projector (hoje em dia, pelo menos com resolução FullHD), um sistema de som, um leitor multimédia e uma boa tela/ecrã que permita uma imagem com bom contraste (isto é, níveis de negro profundos na imagem, de preferência sem perder luz nas zonas mais claras).
Idealmente, para uma boa sala de cinema, a frente do sofá conviria estar a um mínimo de 4m do ecrã, quase independentemente do tamanho do mesmo, e o projector à mesma distância ou, de preferência, ainda mais atrás.
Então o importante é ter contrate de imagem?
Sim, o fundamental para uma boa imagem de cinema é o contraste.
As antigas televisões CRT tinham uma definição péssima. No entanto a imagem era bastante aceitável porque o contraste era elevado.
Uma parede branca ou uma tela branca, mesmo quando usada completamente às escuras, jamais terá um bom contraste, pois mesmo às escuras, as outras paredes, o tecto e o chão reflectirão a luz de volta, o que fará com que as zonas da imagem que deviam estar negras fiquem cinzentas.
Então qual é a solução?
Pode-se pintar o tecto e as paredes de negro matte (há quem chegue ao exagero de as forrar com veludo negro que absorve a luz) ou pode usar-se uma tela/ecrã chamados "técnicos".
Uma bordadura preta à volta de uma tela não aumenta o contraste da imagem?
Não.
Telas e ecrãs de projecção são coisas diferentes?
Funcionalmente não. Tanto uns como outros existem para disponiblizar uma superfície onde projectar imagem.
A principal diferença é que as telas são maleáveis (podem ser dobradas, enroladas, etc.) e os ecrãs não (são superfícies rígidas).
Quais são as vantagens de uns em relação aos outros?
Se compararmos as telas e os ecrãs a meios de transporte, diríamos que, na fase actual de desenvolvimento, as telas de enrolar andam ao nível dos patins, bicicletas e, eventualmente as melhores, andarão ao nível das motorizadas.
Os ecrãs técnicos (ecrãs com características ópticas especiais), por sua vez, equivalerão ao nível dos automóveis e aviões.
Por outro lado, da mesma maneira que é preciso mais treino para conduzir um automóvel que uma bicicleta, também um ecrã rígido (e com características técnicas) precisa ser colocado e regulado com mais cuidado do que uma tela.
Então o que são telas ou ecrãs técnicos?
À semelhança de um conjunto óptico, por exemplo a objectiva de uma máquina fotográfica, que são constituídas por um grande número de lentes, os melhores ecrãs técnicos têm múltiplas camadas ópticas, chegando alguns a ter mais de uma dezena (nada têm a ver com telas cinzentas ou tintas "mágicas").
É a interacção de todas essas camadas, à semelhança das lentes da objectiva, que permite os resultados excelentes que os mesmos apresentam.
Duas das principais características de um ecrã técnico são a obtenção de negros profundos sem perder brilho nos brancos e a rejeição de fontes de luz que se encontram fora do eixo de projecção, como por exemplo, janelas ou paredes brancas de forma a não estragar a imagem projectada.
Continuando com a metáfora acima, se a objectiva estiver mal colocada na máquina fotográfica, deixamos de conseguir obter uma fotografia decente. Da mesma forma, se um ecrã técnico for usado incorrectamente, poderá (por exemplo) ser mais sensível a uma fonte de luz externa do que à luz do projector.
Quando mal utilizado, um ecrã técnico poderá ter piores resultados que uma vulgar tela mesmo que o seu potencial seja imensamente superior.
Tela cinza ou tela branca? O que é melhor? Colocar um filtro no projector é melhor que usar uma tela cinza?
O principal problema das telas brancas é o facto de a luz do projector, ao reflectir-se nas paredes e no tecto da sala, voltar a iluminar a tela. As zonas da imagem que deveriam ficar às escuras passam, desta maneira, a estar iluminadas, tendo como resultado uma imagem baça, muito longe do contraste a que estamos habituados nas imagens de televisão.
Uma das soluções passa por ter uma sala dedicada com paredes escuras, mas mesmo assim muita luz é ainda reflectida de volta à tela. E a solução de forrar paredes e tecto com veludo, adoptada por algumas pessoas, limita outros potenciais usos (presentes ou futuros) que se poderiam dar à sala. Já não falando da dificuldade que é retirar o veludo da parede, quando for caso disso.
A solução ideal seria utilizar um ecrã técnico. Mas quando o orçamento é limitado, e o projector é luminoso, pode-se também optar por uma tela cinza. Naturalmente que a solução da tela cinza jamais atingirá o dinamismo de uma tela técnica, mas poderá ser uma melhoria face à tela branca. Com um projector luminoso, a tela cinza manterá os brancos num nível ainda aceitável e a luz reflectida pelas paredes e tecto será menos visível nessa tela cinza, ficando os negros um pouco mais negros. Quanto mais luminoso o projector, mais escura poderá ser a tela.
Um filtro à frente do projector é uma ideia pueril que, estranhamente, teve a aceitação de algumas pessoas menos informadas. Na prática, um filtro à frente do projector nada mais faz que reduzir a luz do mesmo (como se o projector fosse menos luminoso ou a lâmpada estivesse no fim de vida).
Tenho uma tela com ganho 1,5 e um amigo meu tem uma tela com ganho 0,9. Levei o meu projector a casa do meu amigo para comparar, mas o resultado pareceu-me EXACTAMENTE igual. Será que uma das telas tem indicação do ganho errado?
Provavelmente não. O que se passa é que normalmente apenas consideramos a luminosidade do projector e o ganho da tela, tomando como referencia a luz que chega aos nossos olhos.
Entender-se-á melhor se pensarmos que quando fotografamos um objecto com uma máquina de regulação automática em diferentes níveis de luminosidade, a fotografia fica sempre com a luz correcta. O que se passa é que quando chegam diferentes níveis de luminosidade à máquina, a objectiva ajusta-se para deixar entrar mais ou menos luz, de forma a que aquela que efectivamente chega ao sensor é a mesma em todos os casos.
Normalmente os nossos olhos não são considerados, mas à semelhança da máquina fotográfica são também importantes para o resultado final da imagem, pois eles também se adaptam para deixar entrar mais ou menos luz. Só se as telas fossem colocadas lado a lado é que os nossos olhos notariam a diferença. É por isso que o resultado nos parece igual.
Concluindo, a escolha de uma tela é algo que tem muito mais aspectos a ter em consideração do que normalmente se julga. Ao escolher uma tela deve aconselhar-se com um verdadeiro especialista. Infelizmente o que abunda são vendedores, sendo raríssimos os que realmente sabem profundamente sobre o assunto.
É muito importante corrigir a cor do meu projector?
Nem por isso.
E sabemos que, principalmente os especialistas que vendem serviços de correcção de cor, vão estar completamente em desacordo connosco, por questões óbvias.
Regra geral, todos os projectores vêm relativamente corrigidos de fábrica.
Para uma utilização corrente e uns olhos não-treinados, o projector teria que estar muito desafinado para que se desse conta da diferença antes e depois da correcção.
Se você não for um perito óptico, habituado a comparar nuances de cor subtis, não adiantará estar a mexer no seu projector.
Ao olhar com atenção para os filmes comerciais, verá que muitas vezes alguns deles mudam de cor de capítulo para capítulo. E mesmo dentro do mesmo capítulo, há variações de cor, dependendo até das horas a que as cenas foram filmadas.
Para ter um projector corrigido em termos de cor, teria que ter uma correcção para cada filme, e às vezes até para cada cena, o que não faz sentido.
Até a própria cor das paredes da sala, consoante as cenas são mais ou menos brilhantes reflectem mais ou menos luz de volta à tela/ecrã alterando constantemente a cor da mesma. Se tiver um ecrã para ver com claridade, a própria luz que entra da rua varia ao longo do dia e vai influenciar a cor da imagem...
Este é um dos temas em que muitas pessoas se deixam enredar, estando constantemente à procura do chamado "sexo dos anjos" em vez de desfrutar do filme.
Nesta e muitas outras questões, a confusão é lançada pela legião de vendedores de muitas marcas, quer de projectores quer de telas ou ecrãs, que enchem a Internet, estando constantemente à procura de coisas subtis e insignificantes com que possam atacar a concorrência.
O meu projector não tem correcção de trapézio (keystone), mas consegue mexer a lente, como acerto a imagem numa tela inclinada?
Quando um projector está perto da parede, a imagem projectada é pequena. À medida que se afasta a imagem vai aumentando.
No entanto, em condições normais, quando colocado em cima de uma mesa, a imagem projectada é um rectângulo relativamente perfeito. A parte de cima da imagem devia estar muito maior que a parte de baixo (por estar mais longe), mas os projectores vêm preparados para corrigir isso em paredes direitas.
Quando se sobe e desce a lente (e consequentemente a imagem projectada) o rectângulo mantém-se estável, sinal de que o projector compensa o trapézio que, em condições normais, se formaria.
Vamos imaginar que, num ecrã inclinado, a parte de cima da imagem está mais pequena que a parte de baixo. Para corrigir isto, é preciso que a parte de cima da imagem aumente em relação à de baixo. Se baixarmos a lente do projector, para que o rectângulo se mantenha estável, o projector vai diminuir a parte de baixo da imagem (que é exactamente o que queremos). Feito isso, e para voltar a colocar a imagem no ecrã, levantamos os pés ao projector (sem voltar a mexer na lente).
Se fosse ao contrário (se a imagem estiver mais pequena em baixo que em cima), fazemos subir a lente e baixamos os pés do projector (ou, caso os pés não baixem mais, levantamos a parte de trás do projector).